No supermercado, o que importa é o valor – e isso não tem a ver só com preço

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Divulgação

O consumidor de supermercado está cada vez mais preocupado em encontrar valor nos produtos que compra. Isso tem a ver, claro, com preço, mas também com questões como qualidade e facilidade.

A qualidade pode, por exemplo, se traduzir na oferta de produtos de marca própria com perfil premium. E a facilidade pode estar na oferta de refeições prontas e snacks vendidos em porções adequadas para as comemorações em casa.

“Nós oferecemos opções fáceis para o dia a dia e passamos a vender não só alimentos de mercearia, mas também refrigerados e bebidas para adultos”, exemplificou Rick Gomez, vice-presidente executivo e responsável pela área de Alimentos e Bebidas da Target, em painel realizado na NRF 2023, em Nova York.

Entre as marcas próprias da Target, estão a Good & Gather, lançada em 2019 e que hoje vale US$ 3 bilhões. Ela tem produtos de diferentes categorias, como snacks, molhos, bebidas, massas e frutos do mar. Já o Favorite Day é uma marca de doces com preço acessível e que cresce acima de 10%. “São produtos de altíssima qualidade, sem ingredientes artificiais, por um excelente valor”, afirmou Gomez.

“Estamos fazendo mais refeições em casa, e no nosso dia a dia agitado, muitas vezes, preparamos a mesma comida sempre. Na Target, nós oferecemos um jantar pronto, com boas receitas, a menos de US$ 15. Unimos preço acessível e facilidade, o que é importantíssimo”, complementou.

Experiência está na casa – A presidente de Snacks Salgados da The Hershey Company, Kristen Riggs, destacou que a empresa também tem apostado em produtos para serem consumidos dentro de casa, e essa é uma ação que gera valor para o consumidor. “Hoje a experiência está na casa. Muitas pessoas não saem mais para assistir a filmes, por exemplo.” Não por acaso, um dos sucessos recentes da empresa foi o lançamento da pipoca da marca Reese’s.

“A gente tem que entender o que o consumidor pensa. Em alimentos, a dimensão do pacote é importante e a conveniência, também. Temos snacks para serem consumidos individualmente, mas também em eventos e, nesse caso, oferecemos vários produtos que podem ser comprados num único pacote, por exemplo”, complementou a executiva.

Rick Gomez, da Target, destaca, ainda, entre as facilidades oferecidas pela empresa, um diferencial importante em relação aos supermercados tradicionais: o modelo one stop shop, que permite que o cliente encontre na loja produtos que vão de alimentos a roupas e televisores.

“A nossa área de supermercados é um negócio de US$ 20 bilhões, mas isso é só 20% do nosso mix. Somos uma empresa de US$ 100 bilhões, onde o consumidor pode comprar de tudo, com extrema conveniência, de uma só vez.”

Inovação também é valor – Os executivos destacam que seguir inovando também precisa estar no foco das empresas que querem oferecer valor ao consumidor. Para Kristen Riggs, lançar produtos novos é uma forma de se fazer isso. “Estamos realizando um grande trabalho com marcas premium e nutritivas, e promovendo alterações em alguns produtos, que estão ficando com menos açúcar, por exemplo. Essa é uma forma de pensar em inovação de uma maneira mais ampla.”

Na Target, o portfólio também tem sido atualizado para atender aos anseios dos consumidores. Produtos veganos e plant-based têm feito sucesso.

Essas inovações se tornam ainda mais importantes agora por causa dos desafios econômicos. Para Kristen, operar em momentos de incertezas exige agilidade e análise recorrente de dados para eventuais mudanças de estratégia.

“Não sabemos o que vai acontecer na economia, e por isso temos de sentir o pulso dos clientes. Precisamos entender suas atitudes e atendermos às necessidades quando eles mais precisam. Isso funcionou na pandemia e vai funcionar nos próximos meses”, finalizou Rick Gomez.

Fonte: Mercado e Consumo

Foto: Pexels/ Mateo Dávila

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